Pinduca menino, Aché
A ti que manja das letras
Não sei como por minhas atretas
Sei que a ordem nada importa
Mas esta carta não nasceu morta
Estive em Belém
Vi índio, madeira
Estaria tudo bem
Se não fosse os tratores de esteira
É triste de ver o mal que eles fazem
Derrubam as matas e tudo invadem
Mas um dia há de acontecer
Das máquinas pararem e o mato crescer
Enquanto isto vamos indo
De chorando a rindo
De chegando a partindo
Seguindo esta linha
Que nos faz conhecer
Pessoas, coisas, Gente, Cidades
Mas poucas brilham igual a você
Sai, acontece de repente
Brota da mão da gente
Você sabe, tu manja das letras.
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