11 de set. de 2010

A escolha

A ti escolho, como se fosse o único. Esperar calmamente é o que nos resta, apreciar tornou-se relativo, desde que conheci outros lugares, que talvez não existam a não ser na minha consciência.
Mas aposto em ti, te escolho sim, e brinco com o material, sou mais um no palco. E se não houver, se no último momento não encontrar a função que rege o universo. Valeu a brincadeira, foi uma boa maneira de passar o tempo.

Nas cordas eu sinto o que eles tem.


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Cidade

Ao andar pela cidade, sinto seu cheiro e sua realidade alegre, bacanosa realidade que nos bate a cara. Lindas bundas desfilam e são calorosamente (nem sempre) apreciadas. O sistema flui, claro e cristalino; mas tudo bem, esta tudo perfeito, tenho minha posição, meu carro, moto; frutos da produção. O que valeu o suor que os criou? Ninguém sabe o que deve valer o suor, nem eu sei, mas vamos lá. Certo é que ninguém pediu a posição. Ninguém pediu (será?) esta cidade.


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Sem horas

Sem horas
O tempo juninamente marcado
Apreciado
Noite, gente, fogo
Ponta de lança
A marcar
Cabeças a rolar
Festa? Para alguns?
Interrogações
Momentos
Ações
Mães, cães, lães


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