28 de ago. de 2015

07 - Pensamento

Meu pensamento te trás
E você vem
Me invade, como vento adentra a ilha
Me penetra em cada átomo
Mas te sinto no peito
Não como vento, como punhal
Que já dentro, se contorce
E faz correr por todo o corpo, o sangue
Em forma de tristeza


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27 de ago. de 2015

08 - Onde esta

Onde esta guardado nosso pique?
O momento que transborda, que as letra, palavras, e tudo, parecem brilhar
Quem regula este orifício mente?
Onde flui o que somos, pensamos e queremos
Quem trás a tristeza, a alegria?
Nunca veremos esta força
Este ser talvez
Porque ele esta atrás de nossos olhos



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26 de ago. de 2015

09 - Metades

Gostaria agora, que todas as pessoas

Possam (e todas podem)
Mas que todas,

Que não aguentem mais viver sem amor,
Viver sem ter alguém
Viver sem metade

Que possam conseguir
pois é lindo ser inteiro
E triste ver metades



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25 de ago. de 2015

10 - Ainda venta

Ainda venta
Amanhecerá
No peito, vontades
Continuarão
Dormindo, dormindo
Enquanto os olhos
Não se fecharem, e ver
Que ainda venta
Amanhecerá


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24 de ago. de 2015

11 - Baeta Neves

Em todas pensões, casa e lugares onde fiquei
Nunca me senti tão bem como me sinto aqui
Não tem nada, e tem tudo
Perto dele, me sinto como um rei num castelo
Como se tivesse raízes
E este chão me desse
Algo mais que um lugar para pisar


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23 de ago. de 2015

12 - Escrever

Não tem outro meio
Outra válvula
é bom transmitir, e escrever é escrever
Viver é viver, para quem vive

Porque adiante ela persiste
Triste, alegre, ela persiste
Em cada nota, em cada mi, sol, si

Antes o dog, bem tranquilo
Não fuma, não canta...
Mas e o passarinho?


Apesar de estarem no chão, as flores não perdem a beleza.
Até que pisem nelas.


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22 de ago. de 2015

13 - Procuro



Procuro palavras bonitas
Para uma bomita escrita
Talvez leitura
Mas que merda!
Quem pode ser mais podre
Do que o homem
Qem?
Pensava que Bicho Papão
Era imaginação
Mas que merda!
Eles matam criancinhas
Eles são ditos civilizados
Eu também sou eles
Quer queira, quer não
Que merda! Merda é pouco
Como podem ser tão maus
Como podem ser cegos para a natureza
Olhem a lua animais
Não olhem satélites
Olhem os bichos
Não matem seus filhos

21 de ago. de 2015

14 - As vezes





As vezes
Quando não sinto
Não vejo, e de certo modo
Esqueço, como o homem é mau
Penso, porque não sou normal?
Mas quando
Sinto e sei do que o homem é capaz de fazer
Penso. Porque sou tão normal.
Talvez seria melhor andar barbudo pelas ruas, do que
Andar reto, pensativo e altivo.
Alto lá.
Direita Volver! Pelotão .....
Fogo!!!!!
Matem, o homem
Nasceu para morrer.
Não se pode sentir nem lá no fundo de algum lugar
Algo chamado sentimento.
Dai,
Impera a bela tristeza que ninguém quer
Mas que todos semeiam.


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20 de ago. de 2015

15 - Ticão

Que falta faz
Um Baeta a tarde
Uma casa, quintal, cachorro
Penso em tudo, e só hoje
Pensei em ti Ticão
Você também faz falta
Mas vou me preparear
Para receber tudo novamente
Nem que seja só por um dia
Tudo voltará, e valorizarei
Meus passos, que as vezes
Nem para mim valem nada




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19 de ago. de 2015

16 - Beco sem saída

Não posso seguir
Meu limite é você
O que fazer?
Pensar numa saída
De encontrar uma entrada
De outro beco sem saída


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18 de ago. de 2015

17 - Vila Baeta

Ah Vida
Viva Baeta
Raiz?
Será que posso
Escrever bonito
Falar de amor
Mas e o mal?
Mas e o amor?
Estrela, Noite
Põe mais uma
Vamos falar mudo
Nos embriagar de nós
Amanhecer
Amanhã
Existe


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17 de ago. de 2015

18 - Passos

Um passo
Dois passos
Cada passo
Um compasso
De uma música
De uma obra
De uma vida

De Muita, de pomba
De parte, de todo
De amor e sonho
Projeto de mar
Imenso mar
Imensas pequenas partes
Que formam o todo
Do nada que somos


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16 de ago. de 2015

19 - Projeto

Projeta-se arquiteta
Vai fazendo como pode
De repente, Tá ai
Prontinho, mas não serve.
Valeu a experiência
Valeu a vontade de fazer
Mas não serve.
E novamente, como pode
Vai fazendo, novamente.
Mentaliza e vai.
A vida é isto
Mentaliza e vai.
Vai que vai.
Talvez um dia sirva.
Mas se não vai servir
Valeu a vontade
E como vale, é como um vale
Vai enchendo aos poucos
O vento traz, a chuva traz
E vai ficando, devagar.


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15 de ago. de 2015

20 - Tudo - Inteiro



O olhar
O falar
Comunicar
Pensamento?
Tudo é importante
Do contrário pode machucar
Somos frágeis.
Necessitamos de todas as expressões das coisas
O perfeito não existe
Mas podemos melhorar.


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14 de ago. de 2015

21 - Calma



Calma, todos devemos ter calma
Ela é fundamental, e afinal nunca vimos um gato por ai nervoso e preocupado.
A vida tem mais sentido, quando damos os valores certos para as coisas certas.
Não precisa ter pressa.
Temos todo o tempo, e se não temos.
É porque ele não existe.



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13 de ago. de 2015

22 - Ah! o Amor



Quero escrever de amor
Como a muito não faço
Amor, puro e cristalino
Quero escrever que amo
E este amor esta longe de ser doentio
É puro como só ele

Quero escrever que amo
Amo a vida, o mundo
E em especial um ser
Um ser chamado mulher
Uma mulher misteriosa
Negra e Brilhosa
Que me torce as entranhas
E me invade de paz
Esta paz derramaremos pelo mundo
Ele precisa.


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12 de ago. de 2015

23 - Igual



Se tudo é igual
Sou igual, igual o que!
Igual é igual.
Talvez não devesse parar e escrever,
Mas não consigo, tem tantas coisas a fazer
Meus pensamentos rolam, como pedras num bueiro
Como água numa guia
Guia, ria, mia, o gato mia.
Não dá
Não consigo
Começo a ser estranho,
Estranho como não gostava de ver.


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11 de ago. de 2015

24 - Dois pedacinhos



Estranha criatura esta
Me tem sob domínio
Talvez eu queira
Talvez não deva
Mas você é tão morna
Tão branca



Razão, equação, complicação
De repente as pessoas com mil teses
Uma porrada de livros,

Se vê, e se encontra diante de si.
E dai?
Para que complicar tanto?
Bichos
Não passamos de Bichos.


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10 de ago. de 2015

25 - Palavras



Unir as palavras
Diante da noite
No meio da Praça
Que ninguém nota

As capas imperam
A poesia morre
Pois morre a vida diante de nós

Noite
A lua te presa
Impera um segredo
Que poucos percebem

E que encarna na gente
Indisvendável pacto
Que nos une a nós mesmos


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9 de ago. de 2015

26 - Forró?

Como dança
Solto e preso
Como um barco
Livre no cais
Preso no mar

Gira e vai
Vai girando
Como as rodas
Não é de vento
Mas é leve
É a roda da vida

Chove e vem
Tudo cai com ela
Como a terra vomitando lava
Tudo vem rolando
É magnífico!
Poesia num forró


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8 de ago. de 2015

27 - Carta manhã



Gira, gira, mas derrepente tudo esta parado
Cresce, cresce, mesmo assim somos pequenos
Acho que nós só seremos, quando não quisermos ser mais nada
Mas ainda queremos ser tanta coisa
E as vezes nos achamos tanto
Mesmo assim somos pequenos


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7 de ago. de 2015

28 - Olhar



Olhar não pode revelar
O que a alma quer
Sempre tem que ter segredo
Mistérios para amanhã
Superior talvez
Triste não sei
Mas sempre misterioso


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6 de ago. de 2015

29 - Roda moinho



Roda moinho
No ninho da vida
Quem manda na ida
Não manda na volta
Roda, roda
Até se sentir tonto
Bate, bate na mesma tecla
Até gastar os calos
E fazer brilhar a alma
Brilha e vai
Vai brilhando
Até não ir mais.


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5 de ago. de 2015

30 - Loucura



A loucura é a norma
Que bate na gente derrepente
Que a luz quebra e realça
Que a mão vai que vai
Que o ônibus não vai
Ele esta comigo, mas eu vou
Estou indo, escrevendo, vivendo
Não, não tem não
Não é um pouco para lá do sim
Duas esquinas depois do talvez
Quem sabe?
O real é louco, louco é louco
Como o real é real
O duro da razão é saber

4 de ago. de 2015

31 - Amar



Amar é acordar
Sentindo seu interior derretendo
Sentindo falta
Alegria, de ter uma mulher
Que é parte


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3 de ago. de 2015

32 - Definição



Tento definir, o que seja
O que atrai e pasma
Deixando no ar interrogações
Penso, falo, e me mostro
Pinto um quadro estranho
Estranho, mas real
Incompreendido...
Ninguém sabe onde é o zero da vida!!!
Mas os momentos são reais
Nós existimos, quer queira, quer não
E o que deveria ser poesia
Se torna equação
Um amontoado de interrogações
Mas algo, uma vontade persiste
Tento definir o que seja
Mas é melhor não tentar
Porque enquanto tento
Sinto que não sinto
E nós só sabemos das coisas
Quando sentimos


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2 de ago. de 2015

33 - Pessoas



Tem um que faz política. Abraça, aperta, sorri e é sereno. Fala, argumenta, fala com desembaraço. Mas não vê os empregados que a Prefeitura esta pagando para limpar sua sujeira, paga com o dinheiro da União. Mas ele diz lutar pela União!!
E todos apertam sua mão.
Tem um louco, cabelo e barba comprida. Em intervalo regulares, chega no mesmo lugar e grita palavras, grita com tanta força, que sua voz rouca, se torna ilegível, ou será outra língua, não sei; mas logo após sai andando. Entre as pessoas ninguém o nota e se nota se afastam, pensando ser contagioso.


1 de ago. de 2015

34 - Ah... Soraya



Figuras como pontos a dançar
Como dedos a tocar
Como almas a falar
Externo o que aparece
Ilusão, talvez, engano, quem sabe
Ninguém sabe
O que se esconde sem querer
Atrás da carne
Atrás de tudo
Ah... Soraya
Segura o rabo deste foguete
Que me leva, talvez para ti
Não sei.


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